Maioria PSD/CDS cola PS à esquerda "do radicalismo"

Hugo Soares (PSD) e Hélder Amaral (CDS) criticaram ainda "incitamentos" à violência de uma "esquerda reacionária renascida", quer no encontro organizado por Mário Soares, quer nas invasões da semana passada a quatro ministérios.
Publicado a

O deputado do PSD Hugo Soares acusou esta quarta-feira, na Assembleia da República, todos os atos de "incitamento à insubordinação", condenando os discursos proferidos na Aula Magna por "um antigo Presidente da República", referindo-se a Mário Soares e "um capitão de Abril", Vasco Lourenço, e ainda "alguns sindicalistas", em alusão a Mário Nogueira, este último por ter queimado o Orçamento o Estado para 2014.

O líder da JSD, numa declaração política no Parlamento, condenou, por isso, os que "defendem e querem incitar à violação o Estado de direito democrático", "uns por afirmação ideológica" e "outros por não aceitarem a ideia de que foi um partido de esquerda a levar o País às portas da bancarrota", colando o PS à "esquerda reacionária renascida".

Hélder Amaral (CDS) apontou o dedo aos partidos que se "limitam a dar voz a radicais, que puxam o País para baixo", lamentando depois o silêncio socialista, que, no seu entender, "já nem sequer é mata de onde sai o lobo". "Não se espera nada deste PS", assinalou, antes de Hugo Soares desafiar o partido liderado por António José Seguro a um "consenso" em nome da libertação da intervenção externa, sentenciando com a ideia de que o "radicalismo nas posições nada traz de bom ao debate político".

Todas as bancadas da oposição responderam da mesma forma, ou seja, pela via da ausência de resposta.

Diário de Notícias
www.dn.pt